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O idioma mais fácil do mundo!

  • Renan Ribeiro
  • 5 de dez. de 2016
  • 4 min de leitura

Você provavelmente já ouviu dizer que inglês é o idioma mais fácil do mundo, e se pesquisar na internet provavelmente vai confirmar essa informação. Mas questão é: VOCÊ REALMENTE ACREDITA NISSO?

Existem diversos estudos e teorias que comprovam essa afirmação, mas neste post falarei da parte prática da coisa.

Numa análise baseada em 2 pilares, falarei de forma prática e com experiências reais como e porque o inglês se torna o idioma mais fácil de se aprender do mundo.

O primeiro pilar se resume ao fato de que a língua inglesa possui uma estrutura simples, com regras que simplificam e na maioria das vezes generalizam e se aplicam a grande parte da língua.

Comparado com outros idiomas como o espanhol, por exemplo, o inglês é um idioma extremamente simples nas questões gramaticais. No espanhol para cada tempo verbal o verbo muda, ou seja, devemos conjugar o verbo para que se encaixe com a pessoa e no tempo verbal correto, ou seja, para cada palavra (verbo) precisamos aprender as diversas variações dela para poder usá-la corretamente.

Certa vez em uma situação em Santiago do Chile aprendi que a palavra “voltar” em espanhol se dizia “volver”, porém quando precisei dizer “voltarei mais tarde”, outra vez “ela já voltou”, e outra “quando você volta?”, não tinha mínima ideia de como usar a palavra “volver” (que eu acreditava ter aprendido) no meio das frases. Após uma pesquisa encontrei as variações da palavra “volver”:

Ou seja, para usar a palavra “volver” corretamente eu deveria aprender todas suas 62 variações (sem mencionar as outras 51 variações da forma composta desse verbo que resolvi não adicionar aqui para não prolongar o post), e saber como usá-las de acordo com o tempo verbal e a pessoa na frase. E isso se aplica para qualquer outro verbo em espanhol, o que faz com que o vocabulário seja muito amplo, já que para cada verbo existem diversas variações dele mesmo. Consegue perceber a complexidade da língua e a dificuldade que isso causa para quem está aprendendo?

No inglês aprendi que “get back” é o equivalente a “voltar”. As variações dessa palavra são feitas através de regras estruturais e auxiliares para cada tempo verbal. Ou seja, não é necessário aprender variações das palavras, é necessário aprender as regras e auxiliares e aplicá-las. A melhor parte é que uma vez que aprender essas regras você pode aplicá-las a qualquer verbo. Outro fator favorável ainda é que as regras dos diferentes tempos verbais são similares, na maioria deles mudam-se apenas os auxiliares, ou seja, as estruturas são basicamente as mesmas, fazendo com que no momento que você entende as estruturas para determinado tempo verbal (“simple presente” por exemplo), para os outros tempos verbais você apenas deve aprender qual é o auxiliar e particularidades desse tempo verbal, mas a estrutura é basicamente a mesma para todos.

Existem diversos outros exemplos, mas acredito que esse já deixa muito claro que a língua inglesa é extremamente simples quando comparada a outros idiomas e esse fator sim, é um fundamental para afirmarmos que inglês é de fato é o idioma mais fácil de aprender do mundo.

O segundo pilar dessa análise é o fato da língua inglesa estar presente em todo lugar.

Aprender um idioma depende do quanto você pratica o mesmo e isso não tem nada a ver com estudo. Essa prática se refere ao seu contato com a língua, quantas horas por dia você vê ouve e fala inglês, e quantas vezes por semana você faz isso. Fazer isso apenas duas horas por dia em duas por semana não te ajuda a aprender e é por isso que o aluno que faz curso de inglês e não pratica fora das aulas leva um tempo enorme para se desenvolver.

Independente dos lugares que frequentamos, das coisas que fazemos e pessoas com as quais nos relacionamos, para onde quer que olhemos sempre encontraremos com algo em inglês. Se você olhar a sua volta neste exato momento provavelmente encontrará algo escrito em inglês. Quando compramos um celular ou qualquer tipo de aparelho, o manual e as informações estão em inglês; em suas roupas você encontra frases em inglês; quando ligamos a TV facilmente encontramos informações em inglês; nas rádios não param de passar músicas em inglês, os nomes de carros, lojas, empresas, marcas, filmes, livros, produtos, comidas e diversas outras coisas são em inglês; no computador e na internet, seja lá para que estejamos usando, grande parte das informações são em inglês. Não precisa ser um estudante ou estar buscando pelo idioma, o contato com ele é constante e inevitável. Isso nos permite praticar inglês durante todo o dia nos 7 dias da semana, sem ter que mudar a rotina ou para de fazer o que já fazemos. Uma pessoa que faz intercâmbio aprende muito mais em 3 meses o que aprenderia aqui em 3 anos, pelo simples fato de lá estar rodeado pelo idioma e praticando 24 horas por dia. Então se você estuda inglês, não há desculpas para não praticar, basta estar interessado e usar as ferramentas que já estão presentes no nossa rotina.

Alguns meses antes dessa viagem ao Chile que mencionei acima, enquanto planejava a viagem comecei a estudar o espanhol. Tive uma dificuldade enorme para praticar o que estudava, pois por mais que a internet me fornecia uma variedade imensa de material, eu não tinha tanto contato prático com a língua. Não conhecia muitas músicas em espanhol, não eram todos os filmes ou séries que eu assistia que tinha dublagem ou legenda em espanhol, não era tão fácil encontrar frases e palavras em espanhol no meu dia-a-dia para manter o idioma ativo em minha cabeça. Consegui um livro de espanhol, que era de fato muito didático, porém era difícil praticar no meu dia-a-dia pela simples ausência do idioma na minha rotina.

Essa mesma dificuldade que encontrei com o espanhol eu tenho certeza que encontraria com qualquer outro idioma (francês, italiano, japonês, alemão, russo, etc.) que decidisse estudar. No mundo globalizado em que vivemos, inglês é o idioma universal, então ele mais que qualquer um é o idioma que vamos encontrar em tudo o que fazemos.

Para concluir repito que esse não é um estudo aprofundado de línguas, mas uma análise prática de experiências com o estudo e ensino de idiomas, e seja pela simplicidade do idioma ou pela facilidade de encontrar ferramentas para praticar no dia-a-dia, podemos concluir que a língua inglesa é realmente o idioma mais fácil de aprender.


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