top of page

Passo 4: ESCREVER

  • Renan Ribeiro
  • 9 de jan. de 2017
  • 4 min de leitura

Passados os 3 passos, tanto no caso do bebê quanto no aprendizado do novo idioma, já somos capazes de nos comunicar com qualquer pessoa sobre qualquer assunto oralmente.

Quando bebê essas etapas acontecem naturalmente e aprendemos sem ter o objetivo de aprender, simplesmente aprendemos. Entretanto, o quarto passo (escrever) acontece de forma diferente, pois nele precisamos nos aplicar para poder desenvolvê-lo. Estudamos, nos concentramos, analisamos, associamos e memorizamos de forma consciente através de atividades para só assim aprender a escrever. É por isso que esse passo é o único passo que não acontece quando ainda somos bebê, pois só desenvolvemos essas habilidades conforme crescemos (a partir dos 5 ou 6 anos de idade, com exceção de alguns raríssimos casos). Além do mais esse é o tempo necessário para podermos praticar e desenvolver bem os 3 primeiros passos, ou seja, quando começamos a escrever os 3 passos anteriores já estão em nível próximo da fluência.

Agora pare e reflita: nos métodos que conhecemos, é comum um estudante de inglês escrever muito? Os alunos costumam escrever ou ouvir/falar mais? Durante as aulas existem mais atividades escritas ou faladas? E as atividades pra casa, são mais escritas ou faladas? Resumindo, quando estudamos inglês escrevemos ou ouvimos/falamos mais?

Se você já fez algum curso de inglês (ou estudou na escola pública e tinha aulas de inglês) vai concordar que a resposta é que o aluno pratica muito mais a escrita do que a fala! As atividades escritas são muito mais comuns do que as orais. Por isso existem tantas pessoas que estudaram inglês que são capazes de ler e escrever frases em inglês, mas não conseguem ouvir e entender ou falar as mesmas frases. Você provavelmente conhece alguém assim, possivelmente é uma dessas pessoas.

Que fique claro que existem exceções! Claro que existem cursos com metodologias diferentes dessas, ou alunos que tiveram o privilégio de ter professores com um método de aula diferente na escola pública, mas a grande maioria se encaixa no perfil descrito acima.

Não sei por qual razão, talvez seja cultural, talvez por ser assim que estudamos a língua materna, ou talvez por simples paradigma, mas o tradicional é acreditar que ao estudar uma nova língua a primeira coisa a se aprender são as estruturas, as regras gramaticais para saber montar as frases corretamente e não falar nada errado. Acontece que com a língua materna, quando aprendemos tudo isso nós já conhecemos os sons das palavras porque já as ouvimos muito e até entendemos, sabemos pronunciar e falar as palavras combinadas e montar frases com elas.

Quando estudamos a escrita, as estruturas e regras gramaticais o objetivo é aprimorar o que sabemos sobre a língua para melhorar nossa comunicação oral e aprender a utilizar novos meios de comunicação pro mesmo idioma. Quando estudamos um novo idioma os objetivos e o conhecimento que já temos daquele idioma são diferentes, então é lógico que não podemos aplicar as mesmas etapas. Estudar um novo idioma através da escrita e gramática é como ensinar um bebê a correr quando ele nem sequer aprendeu a engatinhar.

Não se dá um lápis na mão de um bebê e se pede para copiar um texto ou ligar palavras num exercício. Não se ensina um bebê o que é um verbo, substantivo ou pronome antes que ele saiba dizer “meu nome é...”, “aquela é minha mãe”, “eu amo você”. Da mesma forma para aprender inglês não devemos nos afundar em textos escritos, exercícios sobre “verb to be”, “irregular verbs”, “conditionals” ou qualquer outro tipo de exercício sobre gramática. Faremos tudo isso depois que já conseguirmos ouvir, entender e falar as coisas em inglês. A ordem natural deve ser respeitada. O passo escrever será o que nos ajudará a desenvolver nossas habilidades no idioma a partir disso, não antes.

As atividades escritas deverão ser feita em conjunto com as outras 3 etapas, porém elas serão fundamentais depois que as 3 primeiras já tiverem sido bem desenvolvidas, pois ela será grande responsável pela memorização de novo vocabulário e das novas estruturas e regras que aprendermos. É nessa etapa em que vamos polir o conhecimento que temos – vamos enriquecer o vocabulário, aprender o que é certo ou não quando montamos frases e saber diferenciar o que é formal e informal, o que usar ou não usar em determinada situação.

A única possibilidade das atividades escritas serem produtivas antes dos 3 primeiros passos serem concluídos é quando elas tem o objetivo de fixação de algum conteúdo que foi desenvolvido através do de atividades orais (“Listening”, “Comprehension”, ou “Speaking”). Como já citei, exercícios escritos são excelentes atividades para memorização, pois eles são sinestésicos, o que faz com que grande parte do cérebro esteja envolvida na atividade, e assim a memorização e fixação é mais efetiva.

Portanto, ESCUTE, a partir disso ENTENDA, para só assim conseguir FALAR, e depois de tudo isso poder ESCREVER!

Siga os 4 passos com disciplina e regularidade que é questão de tempo para você estar falando inglês.Você aprenderá antes do que imagina!

OBS: Apesar do ato de “ler” estar intimamente ligado ao de “escrever”, nesse processo eles são separados, pois o ato de ler aqui é uma mera ferramenta, um meio que auxilia alguma outra etapa (ler o texto enquanto ouve para em uma atividade de “Listening” na etapa 1; ler para com o auxilio visual facilitar o entendimento na etapa 2; ler em voz alta para treinar a fala na etapa 3; ou ler durante as atividades escritas na etapa 4). Ler acompanha todo o processo de aprendizado, como uma ferramenta extra de auxílio, sendo o processo completamente possível sem o auxílio dessa ferramenta. Não é considerada uma etapa do processo.

Veja os outros passos:


 
 
 

Comments


bottom of page