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Técnicas de memorização – Organização no estudo

  • Renan Ribeiro
  • 14 de mar. de 2017
  • 6 min de leitura

No último post citamos o uso dos canais de aprendizagem (auditivo, visual e cinestésico) como ferramenta para o estímulo ao cérebro e aumento da capacidade de memorização. Hoje ao falarmos sobre as técnicas de organização no estudo, o entendimento sobre os canais de aprendizagem farão grande diferença para entender como funcionam essas técnicas. Se você não viu o post anterior clique aqui: Técnicas de memorização – Trabalhando bem o cérebro

Leia o post e veja algumas dicas de como organizar suas anotações e material de para melhorar o aproveitamento do estudo!

O que anotar quando estudo inglês?

Normalmente os alunos mais aplicados que começam a estudar inglês querem anotar de qualquer jeito toda palavra nova que lê ou escuta, seja ela com tradução ou não, tendo ele entendido ou não. Já os menos aplicados nunca anotam nada. Ambos estão errados.

As anotações te ajudam a praticar e te auxiliam no estudo posterior, a relembrar e praticar o que aprendeu, então ao não anotar nada você deixa de lado uma excelente ferramenta, mas ao querer anotar tudo de forma inadequada você se perde nas anotações e absorve quase nada do que anotou.

Mais importante que “o que deve ser anotado”, é “como devem ser feitas as anotações”.

Use exemplos – Palavras soltas além de muitas vezes perderem o sentido quando estão isoladas, são muito mais difíceis de serem lembradas posteriormente. As palavras soltas são processadas pelo lado esquerdo do cérebro, o qual não trabalha tão bem com a memória a longo-prazo como faz o lado direito, emocional. Por isso essas palavras depois de processadas se perdem com facilidade na nossa memória. Faça suas anotações sempre com exemplos das palavras em frases reais. Assim além de lembrar a palavra aprendida com mais facilidade, você consegue entender como ela é usada no meio da frase.

Use histórias – Todos nos lembramos da história da Chapeuzinho Vermelho, mas é praticamente impossível lembrar se estava escrito que o Lobo Mau “comeu” ou que ele “devorou” a vovó na história. Apesar de parecer besta, o exemplo demonstra que as histórias são facilmente lembradas por um longo prazo, mas as palavras soltas mais uma vez tornam-se um desafio para nossa memória. Procure encaixar o que foi aprendido em uma história, real ou fictícia, mas que te faça lembrar da história quando precise utilizar o vocabulário aprendido.

Uso do caderno

Desde pequenos aprendemos que a forma correta de utilizar o caderno é seguindo as linhas da esquerda para direita, começando de cima e descendo, repeitando as margens e até preencher a folhas. O problema é que essa maneira tradicional não é tão eficaz quando a utilizamos para fazer anotações de estudo. Pois nosso cérebro não lê as anotações como um computador, seguindo uma direção ou padrão. Ele identifica o que está em seu campo de visão dando prioridades a alguns elementos de acordo com seu destaque sobre os outros.

Quanto mais conseguirmos utilizar o caderno de forma ilustrativa, colorida, com elementos não padronizados melhor. Procure dar vida à suas anotações e veja o impacto que isso terá no seu estudo. Seguem algumas dicas:

Use um visual chamativo – O layout das anotações que fazemos faz toda a diferença na hora que precisamos lembrar o que foi aprendido. Se escrever em letras minúsculas no meio de uma folha cheia de informações seu cérebro encontrará uma dificuldade enorme para processar todas essas informações de uma só vez.

[endif]--Olhe por 3 segundos para o texto abaixo!

Tenho certeza que antes de ler o texto todo as palavras “village”, “little”, “morning”, “Idea” e “grandmother” já tinham sido identificadas, conscientemente ou não!

Nosso cérebro funciona como uma máquina fotográfica com identificador facial, só que nesse caso ele reconhece tudo o que está em destaque. Quando batemos o olho em um texto, conscientemente ou não, a primeira coisa que nosso cérebro identifica são as palavras em negrito, em maiúsculo, coloridas, circuladas, sublinhadas ou destacadas de qualquer outra forma. Quando tentamos lembrar da história, nosso cérebro lembra da imagem como se tivesse olhando para a foto: a cor, o tamanho, se está sublinhado ou circulado, uma sujeira ou risco na folha e tudo que estava na “foto” que o cérebro tirou. Daí as palavras em destaque são as primeiras a serem identificadas.

Destaque tudo que tiver uma importância no que está estudando e note como vai memorizar isso com uma facilidade enorme.

Use imagens – A frase “uma imagem vale mais que mil palavras” é​​

100% verdadeira! Quando acrescentamos uma imagem conseguimos resumir um conjunto de informações de forma simples e fácil do cérebro processar.

Imagens trabalham o lado direito do cérebro e são guardadas na memória de longo-prazo

facilmente. Por exemplo, ao escrever “Use histórias nas anotações” e acrescentar uma imagem da Chapeuzinho Vermelho nas anotações sobre que aprendeu com este post você consegue resumir tudo o que foi dito nesta dica e lembrará imediatamente da explicação.

Desenhe – Caso esteja anotando manualmente, faça desenhos ou símbolos quando possível. Isso além de causar o mesmo das imagens no cérebro, trabalha nossa habilidade cinestésica que também nos ajuda na memorização.

Mapa mental – Funcionam como diagramas. São informações dentro de balões interligados de forma organizada. A ideia é resumir determinado conteúdo em simples palavras (muitas vezes apenas uma), símbolos ou imagens. Estes funcionam como ganchos na nossa memória, que trazem de imediato todo o conteúdo relacionado a esse gancho. Eles partem sempre de um único centro, do qual são irradiadas as informações relacionadas.

A ideia do mapa mental aqui é ilustrar e resumir à informação e organizá-la. Então nesse caso não é obrigatório que parta de um balão central. O fato das informações estarem em balões em destaque de forma organizada já facilita o trabalho do cérebro de processar essas informações.

Veja um exemplo de um Mapa mental deste post:

Informações extras – Sempre gostei de utilizar meu caderno com um canto reservado para informações extras. Assim a qualquer momento conseguir anotar de forma separada alguma informação que achasse relevante.

Praticando o “Listening” e o “Speaking”

Se o seu objetivo ao estudar inglês é realmente aprender a se comunicar, o uso da leitura e escrita é apenas uma parte do estudo. Como já dito em outros posts, a prática dos ouvidos (listening) e da fala (speaking) é de fato a mais importante para quem deseja aprender falar inglês, portanto também precisamos saber como organizar-se para estudar isso.

Para este tenho apenas uma dica, mas acredito ser a melhor de todas neste post, por ser a mais prática e por mostrar uma resposta imediata, a qual é analisada e utilizada para melhorias no estudo.

A dica aqui é que você grave áudios ou vídeos quando estiver falando. Grave 3 ou mais vezes, ouça e compare uns com os outros, observe como você pronuncia as palavras em conjunto, onde tem mais dificuldade e onde pode melhorar.

Esse exercício vai te ajudar a perder o medo de falar inglês em voz alta. Vai te ajudar a treinar sua pronúncia e acostumar-se com o som das palavras. Vai permitir que você desenvolva sua fala sozinho muito mais rápido, pois você pode se auto-avaliar e progredir a partir disso.

Quando for gravar é importante que você ainda utilize das mesmas ferramentas acima para organizar os textos que serão praticados oralmente. Assim ao invés de ler de forma mecânica e sem fluência alguma o texto como se tivesse lendo um script, você vê as anotações e de forma natural fala o texto ou diálogo a ser praticado. Assim você ainda seu cérebro a pensar em inglês e desenvolver a habilidade de montar frases completas de forma natural, o que não acontece quando lê um texto já montado.

E para completar esse exercício vai te servir para avaliar seu progresso. Depois de um tempo que tiver estudando (3 meses por exemplo) volte à seus primeiros áudios ou vídeos gravados e veja como era no início. Compare com seus últimos áudios e observe qual foi o progresso. Você vai perceber que está progredindo e nem ao menos se deu conta.

A Revisão!

Quando criança costumava a acordar bem na hora que estava passando Telecurso 2000 (aulas sobre diversos temas que passava na rede Globo) na TV e de tanto ouvir “Atenção! Se liga aí que é hora da revisão” entendi que essa era a hora em que seria feito um resumo do que foi ensinado. E era nessa hora que eu conseguia relembrar e confirmar de forma geral o que havia sido ensinado.

A revisão de um estudo deve ser feita com base no que foi anotado e ela deve ser breve, direta, e clara. Deve te trazer os conceitos principais do que foi estudado e detalhes importantes que foram anotados no dia do estudo. Revisão não é estudar tudo novamente, é relembrar o que foi aprendido. Revisão não serve para aprender mais, serve para confirmar e manter na memória o que já foi aprendido. Se as dicas acima foram seguidas na hora de fazer anotações, a revisão será muito fácil, rápida e eficaz. As informações feitas da maneira correta serão meio caminho andado para que você tenha sucesso na revisão.

 

Por hoje é isso pessoal. Aplique essas dicas em seus estudos e veja como você vai conseguir aproveitar muio mais o material que você mesmo cria com suas anotações!

And remember: if you need help, I'm right here!

 

Clique no link abaixo para ler o outro post dessa série:


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